Dia das Crianças

Todos conhecem, de alguma forma, o famoso provérbio de Salomão, “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” É de conhecimento geral também, um outro provérbio parecido, atribuído a Pitágoras, “Eduquem as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.” Ambos aqui consideram sabiamente que as crianças precisam ser bem-educadas, e podemos atribuir ao significado, tanto o ensino no sentido moral, como no sentido acadêmico.

Hoje, o Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Em 2022, o ensino básico como um todo, que vai da creche ao ensino médio, na rede pública, somou um total de 35.760.081 matrículas. O número é 2,07% menor se comparado aos dados preliminares de 2021. São 758.005 matrículas a menos. Nos últimos anos, os recursos para creche do governo federal foram cortados em 80%, e pior ainda, a subfunção educação infantil sofreu um corte de 96% para 2023. Saindo de 151 milhões para 5 milhões de reais. Ao todo, 2,4 bilhões de reais foram cortados do orçamento do MEC (Ministério da Educação), colocando também, as universidades e institutos federais em uma situação insustentável.

Diante desse cenário, é difícil não se preocupar com nossas crianças e jovens, que mais adiante, serão os profissionais do futuro. A Juntos acredita que um profissional nunca esgotará o conhecimento de sua área, e que por isso, o que diferencia um profissional, de um bom profissional é a busca por aprendizado constante. Assim, podemos considerar que nunca deixaremos a vida estudantil, somos eternos aprendizes de nossas práticas, ou, “eternas crianças em fase escolar.”

Considerando os números expostos acima, é evidente que muitos adultos não pensam o mesmo, e fica a pergunta: Que tipo de profissionais estaremos formando no futuro? Se não há o incentivo nem à educação básica? Ou melhor: Que tipo de futuro estamos prometendo às nossas crianças?